segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Tradições e lendas de Natal IV

Natal a 25 de dezembro

 

As culturas antigas celebravam o solstício de inverno (momento da passagem do outono para o inverno), que pensavam acontecer a 25 de dezembro, com o fim de fazerem as pazes com o Sol para que este surgisse de novo, trazendo um inverno mais suave. Após o solstício, a parte luminosa do dia começa a crescer e a parte escura a diminuir. Isto significava a vitória da luz (bem) sobre a escuridão (mal) e também a alegria e a esperança de boas colheitas.
Alguns festejos levaram a que o dia 25 de dezembro se tornasse tão importante. Um deles foram as Saturninas Romanas que celebravam o triunfo de Saturno sobre Júpiter. Saturno significava a idade dourada de Roma e era associado ao Sol. Nestas festas ninguém trabalhava, acendiam-se velas e faziam-se fogueiras. Outro ritual era a oferta de presentes para fazer as pazes com a deusa das colheitas. Todas estas festas acabavam com grandes bebedeiras e os primeiros cristãos não gostavam delas. Uma terceira festa e a maior de todas do tempo romano, era dedicada ao deus Mitra, nascido a 25 de dezembro. O imperador Aureliano declarou este dia o maior feriado de Roma, obrigando todos a celebrarem-no em honra de Mitra, o deus do sol e da sabedoria.
Os cristãos não estavam dispostos a adorar o Sol, pois não o consideravam deus. Pelo contrário, Cristo é que é o sol, a esperança das suas vidas. Assim, em vez de festejarem o Sol, passaram a fazer a festa celebrando o nascimento de Cristo e a festa pagã acabaria, em parte, por ser absorvida pela festa cristã.
Com a invasão do Império Romano pelos povos do norte, no século V, estes conheceram o cristianismo e familiarizaram-se com o Natal. Eles também celebravam o solstício com os seus rituais que, mais tarde, também passaram a fazer parte das festas do Natal.

 Conf. RIBEIRO E COSTA, Maria Teresa. O Livro do Natal. Lyon, p.17-18.

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